“O Céu é meu teto, a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião"

Seguidores do Povo Cigano

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Vida Cigana









A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos.

O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz, uma vez que os ciganos respeitam acima de tudo a inteligência.

Este homem é o Kaku e representa a tribo na Krisromani, uma espécie de tribunal cigano formado pelos membros mais respeitados de cada comunidade, com a função de punir quem transgride, a rígida ética cigana. A figura feminina tem sua importância e é comum haver lideranças femininas como as phury-day (matriarca) e as bibi (tias-conselheiras), lembrando que nenhum cigano deixa de consultar as avós, mães e tias para resolver problemas importantes por meio da leitura da sorte.

Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos.

São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética; honra e justiça; senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema. O líder de cada grupo cigano, chama-se Barô/Gagú e é quem preside a Kris Romanis (Conselho de Sentença ou grande tribunal do povo rom) com suas próprias leis e códigos de ética e justiça, onde são resolvidas todas as contendas e esclarecidas todas as dúvidas entre os ciganos liderados pelos mais velhos. O mestre de cura (ou xamã cigano) é um Kakú (homem ou mulher) que possui dons de grande para-normalidade.



Eles usam ervas, chás e toques curativos. Os ciganos geralmente se reúnem em tribos para festejar os ritos de passagem: o Nascimento, a Morte, o Casamento e os Aniversários; e acreditam na Reencarnação (mas não incorporam nenhum espírito ou entidade). Estão sempre reunidos nos campos, nas praias, nas feiras e nas praças. O misticismo e a religiosidade, fazem parte de todos os hábitos da vida cigana. A maior parte deles acredita em um único deus (Dou-la ou Bel) em eterna luta contra o demônio (Deng). Normalmente, assimilam as religiões do lugar onde se encontram, mas jamais deixam de lado o culto aos antepassados, o temor dos maus-olhados, a crença na reencarnação e na força do destino (baji), contra a qual não adianta lutar.

O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora.


Fonte: http://www.mundocigano.com.br/

quinta-feira, 18 de julho de 2013

As Cores e o Povo Cigano



“Cigana, tu que és um espírito de luz, quando cruzares o nosso caminho com tua saia e fitas coloridas, irradia a força do arco-íris e envolve-nos de energia positiva, nos livrando de toda e qualquer negatividade que porventura se aproxime de nós.”



O povo cigano não aprecia a cor preta. Evitam-na inclusive misturada com outras cores. Esta cor lembra-lhes o luto, o drama, a inércia e o caos. Para eles, a liberdade representa o colorido da vida. Sua cultura e sabedoria são passadas diretamente, de geração para geração. Sabiamente, os ciganos sabem aproveitar todos os tons coloridos nas suas roupas, trajes e adornos. Para eles, nessas matizes existem alguns segredos, cuja importância falaremos a seguir.

Através das cores podemos obter o equilíbrio e a cura de muitos males físicos e espirituais. Somos beneficiados com o conhecimento e a importância da cromoterapia e podemos empregá-los no uso de vestes coloridas, na escolha dos alimentos a serem ingeridos, na decoração de nosso lar, no uso de pedras e cristais, ou também, na irradiação de luzes nas mais diversas cores.

O branco nos traz uma sensação de paz, tranqüilidade espiritual, discernimento no campo material e relaxamento mental. Deve ser usado para controlar nossa ansiedade e inquietude interior.

O amarelo libera nossa criatividade, ativa nosso poder mental, favorece a inteligência e nos devolve a autoconfiança, quando esta foi perdida. Deve ser utilizado em ambientes de leitura, estudo e negócios.

O azul claro é indicado para liberarmos a nossa emoção e trabalharmos a nossa sensibilidade. Tem efeito altamente relaxante. Deve ser usado durante a noite para dormir e para amenizar os estados de tensão.

O azul escuro traz confiança, disciplina, organização e estabilidade. Deve ser usado para trazer amadurecimento material e espiritual, e quando precisamos nos impor sem ferir os que estão ao nosso redor.

O lilás lembra a meiguice, o romantismo e a fantasia. Deve ser utilizado quando nos encontramos em fases de extrema cobrança exterior, rigidez, desencantos e austeridade com os outros e com nós mesmos.

O violeta é a cor do poder, da evolução espiritual, da cura, do misticismo e do lado oculto da vida. Deve ser empregado quando estamos deprimidos, preguiçosos, negativos, solitários e rancorosos.

O verde é bom para a saúde, para o coração, para o lado emocional. Traz-nos esperança, harmonia, confiança e disposição para viver. Deve ser usado quando estamos debilitados física, emocional e espiritualmente. Recupera o nosso vigor, nossa agilidade e juventude.

O rosa traz suavidade, amor, receptividade e alegria de viver. Muito bom para crianças, velhos e pessoas carentes. Deve ser usado para os momentos em que só encontramos defeitos em tudo e todos, nos lamentamos das oportunidades perdidas e não achamos graça em nada.

O vermelho nos remete às paixões, ao otimismo, à luta pela vida, ao lado de guerreiro que mora dentro de cada um de nós. Deve ser utilizado quando precisamos de energia, excitação, força, coragem. Esta cor aflora os desejos mais íntimos, tanto sexuais quanto amorosos.

O laranja, cor sagrada para este povo que veio do Oriente, representa o entusiasmo, a liberdade, o magnetismo e o prazer de estarmos vivos. Deve ser usada para quando nos encontramos presos a situações, quando nos sentimos isolados e buscamos o sucesso na vida.

Que o colorido do povo cigano possa trazer uma primavera de alegria e felicidade para todos nós em todas as fases de nossa vida!

Energias positivas de Saúde, Paz e Amor!


Por Ana Anciães

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Ciganos Mirins: Quem São?



Como quase todas as linhas de trabalho, a linha dos ciganos é também composta por seus mirins, essenciais para o trabalho. Os ciganos mirins, no entanto, formam uma linha pouquíssima conhecida, fazendo a interseção entre a linha das crianças e a linha dos ciganos. Diferentemente dos erês, os ciganinhos não brincam muito, mantendo uma postura de maior seriedade. Eles gostam mesmo é de dançar.

Quando em terra, se divertem dançando, dando passes e realizando a tarefa principal desta linha: a cura e o equilíbrio. São exímios curadores, trazendo aprendizados milenares de magia, leitura de mãos (ciganinhas), cura, em especial física, e reequilíbrio geral. Podem descer tanto junto a egrégora cigana como junto a ibeijada. Eis aí um dos motivos pelo qual não são percebidos.

Pela calma que passam, não demoram para serem confundidos com ciganos normais. Se assim ocorrer, os mirins tratam de aceitar as denominações, não fugindo dos ensinamentos da casa. Desta forma, dão normalmente apenas o primeiro nome que trazem, não se identificando como mirins. Porém, por terem alguns comportamentos infantis quando descem, podem ser aderidos aos erês, formando o que seria uma ibeijada do oriente cigano, ou seja, se alguém os aceitar como crianças, eles passam a trabalhar e atuar como crianças. O que querem é trabalhar, seja de qualquer forma.

Estão sempre abertos a trabalhar e a se mostrar. Sempre que aceitos, com carinho, eles se apresentam como são com todo o seu amor e sua inocência. As meninas gostam de tiaras e pulseiras, os meninos, de arquétipos próprios de suas raízes ciganas.

Os nomes que dão, assim como com as demais meninadas, é o diminutivo de nomes adultos, exemplo:

Cigana Esmeralda – Esmeraldinha

Cigano Rodrigo – Rodriguinho

Cigano Pablo – Pablinho (Pablito)

A forma com que o nome vem pode variar de entidade a entidade. Algumas se apresentarão com nomes espanhóis no diminutivo, outras, com nomes realmente em português. Ao que tudo indica, os nomes indicam, como nos mirins de esquerda, a linha de ciganos adultos que trabalham. Lembramos sempre que não é simplesmente pelo fato de o médium trabalhar com o cigano Wladimir, que o seu ciganinho será “Wladimirzinho”.

Suas oferendas podem ser entregues nos jardins ou em locais específicos. Normalmente são recheadas de frutas carregando alguns doces e tem-se o costume de, após o processo, doar as guloseimas e tudo mais que for comestível usados no trabalho a crianças que vivem em situação de miséria, lembrando a fama cigana de povo nômade.

Sabemos ainda muito pouco sobre eles, no entanto, podemos aprender ainda mais, basta aceitá-los como trabalhadores. O trabalho espiritual é rico demais e nele todos são aceitos. Aceitemos e desfrutemos dos benefícios que a espiritualidade nos traz.

Assista o vídeo abaixo como referencia para entender melhor este assunto:


Fonte: http://jardimdaibejada.blogspot.com.br/

terça-feira, 16 de julho de 2013

Ciganos na Umbanda




Muito se ouve falar que a linha de Cigano faz parte da Linha de Exu, que os Ciganos são entidades ainda em evolução tentando ingressar na Linha de Exu, que Pombo Gira Cigana ou Ciganinha foram as únicas Entidades Ciganas que evoluíram e ingressaram na Linha de Exu.

Essa falta de entendimento que é na realidade uma simples dedução, faz com que muitos terreiros não deixem os médiuns trabalharem com essa linha. Chegam a dizer que são entidades sem luz.

Vim tentar explicar um pouco como trabalha e como é a Linha de Ciganos.

Os Ciganos são Entidades "livres". Não se faz "firmezas" ou "assentamentos" para Ciganos dentro da "casa de Exu" ou em qualquer lugar do terreiro. Quem diz que tem seu Cigano "preso" no Terreiro não passa de um mentiroso, ele tem é obsessor "preso."

Onde já se viu firmar Cigano como Guardião?

Cigano trabalha em todos os "lugares", são livres para trabalhar e precisam dessa liberdade para sua evolução, pois é dando corda que se enforca uma pessoa. E assim também se faz com desencarnado.

Não estou dizendo que não possa ter elementos de Ciganos dentro do Terreiro, até porque muitos médiuns precisam de um ponto de fixação para poder entrar em sintonia com seus guias.

Os Ciganos não trabalham a serviço de um Orixá específico por isso não são guardiões de um terreiro. Essa linha trabalha em paralelo e conjugada com as demais, onde o seu compromisso primeiro é com a caridade e não com nenhuma outra linha específica. Os Ciganos são protetores e não guardiões. Podem trabalhar dentro da linha de Exu, porém sem função de chefia e de guarda. Já os Exus Ciganos e Pombo Giras Ciganas são Exus e Pombo Giras como outros quaisquer exercendo todas as funções que qualquer Exu e Pombo Gira exercem. Em resumo: Cigano é uma coisa, Exu Cigano é outra. Eles têm funções diferentes, embora a mesma origem cigana.

Os Ciganos se manifestam nos terreiros de Umbanda, justamente por Ela ser uma religião aberta e dar liberdade para qualquer linha de trabalho que venha fazer Caridade.

Por serem muito alegres, os médiuns começaram a se fascinar, e ter excesso de culto por essa Linha. Aí começaram as vaidades, as roupas enfeitadas, bebidas, fumos, danças, firmezas, assentamentos, jogos em casa ou até mesmo no terreiro, e assim, infelizmente, muitos espíritos que ainda estavam em "desenvolvimento" para ingressar nessa Linha se perderam junto com os médiuns, e hoje podemos ver os absurdos que são feitos usando o nome de entidades de luz.

O mundo está cheio de charlatão, o pior, é que as pessoas na hora do desespero pagam o que for necessário para saber como anda sua vida, como anda seu marido, como anda seu trabalho e coisas desse tipo.

Não se pode pagar pelas graças recebidas, pois tudo o que fazemos é apenas mexer com a fé e a determinação de cada um e mostrar que todos são capazes de conseguir o que querem, claro, dentro do merecimento de cada um.

Basta saber que um pedacinho de papel, metal ou outro elemento foi irradiado por uma entidade, que vocês usam isso como um talismã e lembram de agradecer e acabam entrando em sintonia com Espíritos de Luz, a assim lembram de suas metas e lutam por elas.

Os Ciganos trabalham com os quatro elementos da natureza: terra, água, ar e fogo.

O Elemento Terra
Eles distinguem cada pedra e têm o conhecimento sobre elas, e assim manipulam o elemento terra. Cada pedra tem um porque de ser usada e uma necessidade. Quando é pedido para que passem a pedra em alguma parte do seu corpo ou para que a segurem, vocês estão se descarregando ou até mesmo se energizando, depende do trabalho que está sendo realizado. É na terra que se encontra firmeza para enfrentar a vida, resgatar karma e continuar o caminhar.

O Elemento Água
Podem utilizar copos ou taças com água. Através da água conseguem ver se não há maldade no que esta sendo pedido. Enxergam se há pureza no coração de cada um, pois a água serve de espelho, espelho esse que reflete o que tem dentro de cada um de vocês.

Conseguem ver com clareza o que foi feito por cada um e o por que de estarem colhendo o que não querem colher.

O Elemento Ar e Fogo
Podem utilizar o cigarro e com ele estar manipulando dois elementos, o ar e o fogo. O fogo muitas vezes é usado para queimar invejas, miasmas, larvas e cascões astrais.

A fumaça quando é direcionada ao consulente serve para envolvê-lo numa cortina para que naquele momento os obsessores sejam confundidos e tenham a visão obnubilada e fiquem desorientados, procurando o consulente. Assim torna-se mais fácil ao sistema de defesa da Casa (através dos
guardiões) resgatá-los e afastá-los.

Nem sempre esses elementos são usados de uma só vez, e quero deixar bem claro que não precisamos diretamente dos mesmos, podemos plasmá-los perfeitamente usando o ectoplasma do médium.

Para um Cigano poder trabalhar em prol da caridade não é necessário um baralho, uma taça de vinho, ou qualquer outro elemento. Isso é mito.

Eles podem usar e usam elementos da natureza em alguns trabalhos, entretanto, quando estão incorporados nos médiuns, a energia de trabalho é o próprio corpo do médium limitam a visão e o campo de ação da entidade.

Querem saber como trabalham e como são?

Muitas histórias são contadas, muitas histórias são ouvidas, mas nem tudo que é falado é verdade.

Vão para o terreiro, entrem em sintonia “com o plano espiritual”, limpem-se de suas próprias línguas e trabalhem em prol da caridade. Ajudem no que for preciso e busquem andar corretamente, quem sabe um dia vocês obtenham alguma resposta?

Lembrem sempre, que todas as entidades são iguais, trabalham juntas em um único objetivo, a Caridade.

Por que vocês encarnados querem ser melhores do que os outros, querem trabalhar sozinhos e levar vantagens com isso?

Existe uma palavrinha mágica que se chama humildade, e muitos de vocês estão esquecendo-se de abaixar a cabeça na hora e no momento certo e pedir perdão por ter se achado o dono da verdade.

Parem e pensem: a árvore para dar frutos e sombra precisa da água para germinar a terra, da terra para poder se fixar, ter um porto seguro e poder ter vida, do vento para espalhar suas sementes e assim formar uma mata, do calor do sol para o crescimento das sementes.

Agora vou mostrar como isso funciona dentro de um terreiro de Umbanda.

O médium precisa de um(a) dirigente espiritual para ajudá-lo a se desenvolver, do terreiro como um porto seguro para incorporar as entidades, de estar harmonizado com o alto para expandir a caridade, de estar equilibrado para doar energia e poder ajudar uma pessoa necessitada.

Estou falando de pessoas sérias e não de charlatães, então não sejam prepotentes, achando que sozinhos fazem Umbanda, pois por mais bem intencionados que estejam hoje, amanhã irão certamente transformarem-se em um, se deixarem-se envolver pela vaidade e prepotência de
trabalharem sozinhos!

Entenderam porque não podem inventar altares, montar em suas casas, “mesinhas” para jogar baralhos, rúnas ou o que for, em nome do povo cigano? Se não, pergunto ainda:
Para onde vão as cargas, os miasmas, as larvas e cascões astrais retirados dos seus consulentes? Para o ralo do seu banheiro? Se as entidades não trabalham sozinhos, porque vocês insistem em trabalhar sozinhos? Querem ser “chefes de terreiro”? Vaidade, prepotência ou ignorância?

Não tenham excesso de culto por nenhuma entidade, isso prejudica vocês mesmos e a nós, gerando fascinação de ambos os lados, pois vocês ficam tão viciados por oferendas que só nos escutam se estiverem oferendando alguma coisa, aí para sermos escutados começamos a pedir oferendas. Assim ambos nos perdemos.

Tudo em excesso pode ser destruidor!

Se há amor em excesso, há ciúmes e possessão,
Se há ódio, há morte,
Se há fascinação, há vaidade,
Se há alegria em excesso, há inveja,
Se há tristeza em excesso, há depressão,
Se há culto em excesso, há fanatismo.
É preciso que tudo na vida esteja bem equilibrado, e o equilíbrio tem um nome que se chama Umbanda. Umbanda é a paz interior, é fazer caridade
ao desconhecido, é o amor pela vida e pelo o próximo. Umbanda é luz, vida e amor.

Laroyê!

Por Pombo Gira Cigana da Estrada
Médium: Elizabeth Caetano Drumond
Psicografado em 08 de 08 de 2008

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